Diante do aumento de 23% do número de estudantes brasileiros fazendo intercâmbio no último ano, associações de defesa do consumidor alertam para os cuidados na hora de fechar com agências especializadas. Os interessados em arrumar a mochila devem ter precaução ao analisar o contrato e documentação, além de comparar custos e prazos para planejar a experiência. Evento em Copacabana no fim do mês vai orientar jovens e tirar dúvidas para a iniciativa não se tornar uma aventura frustrada.
Para verificar a credibilidade da agência, é interessante conferir se ela possui selo de comprovação. A Associação Brasileira de Agências de Intercâmbio (Belta), que reúne intermediadores para qualificação no país, ressalta para cuidados na procura dos representantes, além de desconfiar de ofertas.
“O primeiro passo é não ser atraído por promoções. Os preços baixos nem sempre garantem qualidade quando se fala de investimento em viagens de longo prazo. O suporte fora do país é necessário, e representa custos”, orienta a coordenadora regional da Belta, Ana Beatriz Faulhaber.
A analista de projetos Thaynara Caciano, 22, fez pesquisa minuciosa nas redes sociais até encontrar a West 1. Ela queria aprender mais de uma língua nova, e junto com a equipe da agência, escolheu Montreal, no Canadá.
“A proprietária me ajudou em toda a burocracia, me indicou um lugar para tirar o visto, e aí foi só documentação. O diferencial da escolha também foi a existência do selo de qualidade”, lembrou.
A Associação Proteste adverte para ter atenção nos custos da viagem, verificando se a agência contratada cobre despesas, como alimentação. Os descontos feitos pelas empresas são de taxas administrativas, não sendo uma regra dentro do mercado. Comprovação de renda para entrar no país pode ser uma exigência.
Sobre a documentação, Ana Beatriz diz que fator ‘tempo’ é o principal aliado. “Tudo depende da proposta, do curso e da escola, mas é bom verificar se a agência tem assessoria para viabilizar esse processo de prover os documentos do visto, por exemplo”, diz.
Dependendo do país escolhido, há regras locais para tempo de estudo e trabalho. A diretora regional da Agência West 1, Fernanda Rocha, afirma que existem destinos com menores custos.
“Hoje o programa mais em conta é para a Irlanda. É o mais flexível para visto, pois o de estudante é retirado lá mesmo, e é o que exige a menor comprovação financeira”, sugere Fernanda.
Para aliviar o bolso na compra de passagens, o ideal é evitar os meses de dezembro, janeiro, junho e julho, que são períodos de alta temporada. Nas modalidades de curso de idiomas, programas de trabalho e estudo, e voluntariado, os valores para concretizar esse sonho podem ser de, no mínimo, R$1.600 para dois meses de viagem. Em programas de idiomas e profissionalização, o valor já passa dos R$ 10 mil, com taxas da escola incluída.
A Associação Proteste recomenda solicitar nome e contato para solução de problemas relacionados à escola ou à moradia no exterior e em casos de emergência.
Outra dica é levar uma quantia em dinheiro para se manter por pelo menos um mês. No endereço www.proteste.org.br/dinheiro/cambio é possível escolher a melhor cotação do mercado para comprar a moeda.
Fonte:https://odia.ig.com.br/economia/2018/09/5572690-veja-os-cuidados-para-evitar-ter-dor-de-cabeca-ao-fechar-contrato-de-intercambio.html#foto=1