Pesquisa da Associação das Agências Brasileiras de Intercâmbio(Belta) mostra que influência dos pais é fator decisivo no momento de estudar no exterior
Quando pensamos em intercâmbio, para a maioria das pessoas, vêm a imagem do High School. Ou seja, jovens estudando por pelo menos um ano no exterior e concomitantemente, o pensamento que para conseguir ficar este período em terras estrangeiras é preciso ter um capital alto. Todavia, a pesquisa anual da Associação das Agências Brasileiras de Intercâmbio (Belta) realizada nas 5 regiões do país com pessoas que pretendem fazer um intercâmbio e que já tiveram essa experiência mostra um cenário diferente.
“ A pesquisa desmistifica essa ideia que os pais têm apenas o programa de High School para mandar os filhos. Na realidade, 34,9 % dos jovens que viajam se influenciam pelas experiências que os amigos tiveram no exterior e muitos deles têm a vivência do curso de férias (Inverno/Verão) que é de curta duração. Ou seja, o estudante consegue ter uma experiência no exterior, mesmo que seja por um período menor. E isso traz mais autonomia. Inclusive para ele escolher se quer fazer um High school e/ou uma graduação lá fora”, explica Carla Mussoi, Coordenadora regional da Belta no Rio Grande do Sul.
No Brasil, 365 Mil pessoas fizeram intercâmbio em 2018. Só o Sul é responsável por 48.180 Mil jovens que embarcaram. Isso mostra que mesmo em um ano de crise política e econômica, as pessoas estão gastando mais com experiências. Em detrimento, da década de 90, que os itens físicos disparam em primeiro lugar nas aquisições.
VIVENDO NA PELE
Muitas escolas no Sul do país estão preparando os alunos não somente para os vestibulares no Brasil! A maioria das instituições apresentam programas de aconselhamento para uma carreira internacional, orientações sobre universidades no exterior, e o mais importante conseguir dar mais independência para os seus estudantes. De acordo com a pesquisa Belta, os pais tem “peso”de 22,1% na decisão dos filhos embarcarem para terras não conhecidas. Ou seja, a união da escola com a criação em casa faz toda a diferença para este estudante considerar a vivência no exterior.
“O que pais e escolas conseguiram entender é que proporcionar um conhecimento adquirido com experiências, ou seja no exterior, traz a tão falada – liberdade com responsabilidade – e que a vivência desse estudante, mesmo em um curso de férias com curta duração e que exija menos recurso financeiro dos pais, pode despertar interesse em outras carreiras e abrir a sua mente. Esses são os fatores mais importantes que ele poderá trazer na sua bagagem” , explica Maura Leão, presidente da Belta.
A experiência no curso de férias, curso de idioma e/ou High School traz para os estudantes:
-Criatividade
Capacidade de resolver um conflito na vida profissional ou pessoal de forma não convencional
-Planejamento financeiro
Por mais que 65,9% dos jovens que viajam residirem com os pais no Brasil e muitos viajarem com os recursos dos pais, não significa que não precisam ter controle dos gastos. Na prática eles aprendem a direcionar a quantia que têm disponível. Para transporte, alimentação, hospedagem e lazer. Voltam com o senso do quanto vale o dinheiro.
-Autonomia
Seja estudando inglês (Língua que responde a 87,22% dos intercâmbios) ou espanhol que vem com 5.5% de interessados, o certo é que o estudante tem que se comunicar em outro idioma , resolver questões do dia a dia em outra língua e conviver com nativos. Isso traz autonomia e uma capacidade melhor para tomar decisões quanto o seu futuro profissional.
DESTINOS MAIS PROCURADOS PELO SUL
Quanto a destinos mais procurados, segundo a pesquisa da Belta, os estudantes do Sul optam primeiro pelo Canadá (Liderando com 22,2% das intenções), seguido dos Estados Unidos (16,8%) e Irlanda (9,6%).
Já a pesquisa que envolve as intenções no brasil todo: Canadá lidera com 24,4 de intenções, seguido dos Estados Unidos (19,5%) e em terceiro vem o Reino Unido (9,9%).
COMO EVITAR RISCOS EM UM INTERCÂMBIO
Quanto casos são noticiados na TV e em outros meios sobre pessoas que custearam um intercâmbio e não tiveram a entrega do que pagaram e/ou não tiveram nada entregue e perderam a quantia. “ A Belta existe há 26 anos e atesta com o Selo Belta apenas agências idôneas. No Sul temos todo um trabalho de conscientização da população, pais, e demais para ficarem alertas quanto as agências e orientações que recebem. É importante checar no site da Belta se a agência é associada. O critério para se tornar uma é rigoroso e traz segurança para o consumidor”, alerta Carla Mussoi, Coordenadora Regional da Belta no RS.
Para checar a idoneidade da agência, acesse o site da Belta e veja se realmente ela é associada: http://www.belta.org.br