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Não compre coisas, compre experiências: como enriquecer com o intercâmbio

O Dr. Thomas Gilovich, professor de psicologia Universidade de Cornell, estuda a relação entre dinheiro e felicidade há mais de duas décadas. O dinheiro, já diria o popular, não traz felicidade – no que o bem-humorado retruca: “mas manda buscar”. O pesquisador vai muito além dessa questão para chegar a uma conclusão: mais do que bens materiais, são as experiências que nos fazem feliz. Como viagens. Ou sh77s. Ou um intercâmbio.

Segundo o Dr. Gilovich, comprar algo que você deseja dá a mesma satisfação inicial de gastar o dinheiro em experiências. Contudo, bens e produtos geram alegrias momentâneas e passageiras, ao contrário de um intercâmbio, por exemplo, que continua nos alimentando de memórias positivas e lembranças recheadas de alegria por toda a vida.

Seja lendo as reportagens e relatos publicados em ei! ou conversando com amigos e colegas que já tiveram uma vivência no exterior, você chega a mesma conclusão do Dr. Gilovich. É perceptível como quem vive longe do Brasil para estudar exala paixão e prazer quando conta sobre a temporada de intercâmbio. Às vezes, nem toda as lembranças são boas – e, paradoxalmente, muitas das piores experiências acabam rendendo as melhores histórias. Quem me contou? Ninguém. Fui eu quem desbravei o mundo para descobrir.

Já estive em Barcelona para deixar o portunhol de lado rumo ao espanhol fluente. Uma cidade apaixonante – a tal ponto de ter sido palco de um relacionamento intercontinental (e, eventualmente, mal sucedido) de 2 anos. Foram duas temporadas em Londres: a primeira, muito jovem, serviu para aparar as arestas do inglês, enquanto a segunda, já com alguma experiência de vida, com o objetivo de conquistar um mestrado em uma das melhores universidades do mundo. Não contava em chegar à capital britânica e, no segundo dia de uma temporada que duraria quase 2 anos, desenvolver sintomas de catapora.

Todos os intercâmbios tiveram pontos em comum: o auxílio essEncial de Agências Selo Belta na elaboração dos intercâmbios e as vivências inesquecíveis de valor imensurável – não financeiramente, pois as agências haviam me deixado ciente de todos os custos estimados. Para chegar lá, foram anos de trabalho, planejamento e escolhas. A principal delas, baseada no mote da pesquisa do Dr. Gilovich: “não compre coisas, compre experiências”. Vai-se o carro e outros bens, ficam os ensinamentos em salas de aula multiculturais.

“Enriquecer vai além de bens acumulados”, diz a psicóloga Cecília Bastos. “O intercâmbio é um dos grandes canais para que o ser humano, principalmente o jovem, desenvolva forças e capacidades que irão compor um mosaico de experiências no seu amadurecimento”.

O que não mata, nos deixa mais fortes, e as experiências que nos deixam mais fortes ressonam por toda a nossa existência. Se elas colocarem um sorriso no rosto ao serem lembradas, mais do que ostentar um bem de consumo (e lembre-se do Dr. Gilovich: um intercâmbio entra nessa categoria), tenha uma certeza: a isso damos o nome de felicidade.

*Gustavo Silva é jornalista, mestre em Relações Internacionai e editor da revista ei! Educação Internacional (e, de fato, teve catapora pela primeira vez na vida assim que chegou a Londres)

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