Tudo o que você precisa saber para fazer o ensino superior no exterior
Assim que terminou o ensino médio, Fábio Ferraz não tinha pretensões de se mudar para o exterior para estudar. As coisas, contudo, tomaram outros rumos. “Com a oportunidade de estudar em uma das melhores universidades do mundo, tomar uma decisão foi fácil, então eu decidi não começar a faculdade no Brasil e tentar estudar nos Estados Unidos”.
Em agosto de 2018, Fábio inicia o curso de engenharia de computação na Universidade de Columbia – três anos depois de chegar a Nova Jersey, onde começou um programa na Drew University como aluno do curso de matemática. Ao terminar a graduação, o jovem de 21 anos deixará a universidade com dois diplomas, pronto para enfrentar um mercado de trabalho cada vez mais globalizado, seja aqui no Brasil ou nos próprios Estados Unidos.
Qualquer um pode (e deveria) seguir uma trilha universitária no exterior, contanto que cumpra alguns pré-requisitos básicos. “Há algumas variações de acordo com a universidade e o país de destino, mas, no geral, é exigida fluência no idioma e boas notas nos últimos anos de estudo”, explica Viviane Cordeiro, analista de marketing da agência selo Belta Yázigi Travel.
Quem também seguiu por esse caminho foi Gil Olenscki Neto, que, se tudo correr como o planejado, ficará até 2022 na ensolarada Flórida, onde estuda engenharia e ciência da computação, um curso que lhe dará um diploma duplo, na University of South Florida. “Aqui, eu consigo aproveitar todos os recursos da faculdade e participar de grupos relacionados a diversas áreas”, ele conta. “Mesmo no primeiro semestre, já recebi diversas oportunidades para participar de pesquisas com excelentes professores e profissionais da área”.
Além do bacharelado
O bacharelado é só o primeiro passo dentro do ensino superior. Muita gente, contudo, busca se aprofundar ainda mais em suas áreas de atuação, seja para atuar no mercado profissional, seja para se aprofundar no universo acadêmico ou simplesmente para dar um outro direcionamento à própria vida. “Um curso superior internacional é um grande peso para o currículo e ainda mostra sua força de vontade para sua nova direção profissional”, diz Gustavo Mattos, que foi buscar em Londres, na universidade King’s College, um mestrado em relações internacionais. “O mestrado foi essencial para a ampliação dos meus horizontes e possibilidades internacionais. O mercado internacional valoriza bastante esses desafios interculturais de progressão na carreira e nos estudos”.
Além do peso da pós-graduação no exterior, continuar o ensino superior fora do Brasil tem algumas vantagens práticas. Certos cursos de mestrado, por exemplo, têm duração de apenas um ano, são voltados tanto para a área acadêmica quanto para a profissional, e podem ser validados como tal na volta para casa. “Já o doutorado é estritamente acadêmico e um aprofundamento da área de estudo do mestrado”, destaca Flávio Crusoe, diretor da agência selo Belta BEX. Os pré-requisitos para cursos desse tipo são os mesmos do bacharelado – boas notas na graduação, fluência no idioma no qual o curso é oferecido e, às vezes, o domínio de uma terceira língua estrangeira – mas, em certos casos, a experiência no mercado de trabalho e o domínio de certas aptidões técnicas contam pontos valiosos.
Seja para dar início à sua vida acadêmica no exterior, ou complementá-la com títulos cobiçados dentro do ensino superior, fazer a faculdade fora do Brasil (ou pelo menos parte dela, pois diversas universidades brasileiras mantêm convênios com centros de ensino no exterior) tem tudo para ser uma experiência inesquecível. Integrado à equipe do grupo Médicos sem Fronteiras, Gustavo é uma voz a ser ouvida para quem deseja seguir essa trilha: “O Brasil é muito grande e temos muito o que aprender dentro de nossas fronteiras. Mas, quando saímos da nossa zona de conforto, estamos dispostos a desconstruir nossas ideias preexistentes e procuramos aprender novas formas de pensar. O intercâmbio torna-se uma experiência única e enriquecedora, em qualquer nível de estudo”.
O que a agência selo Belta pode fazer por você
– indicar as melhores opções de cursos e universidades de acordo com o perfil do aluno;
– conduzir o processo de inscrição (a famosa application) nas universidades desejadas;
– orientar o envio da documentação e formulários demandados pelas universidades;
– auxiliar no pagamento do curso e na emissão do visto específico e da passagem aérea;
– desejar boa viagem e boa sorte para o seu futuro como estudante no exterior!
O que a agência selo Belta NÃO pode fazer por você
– modificar ou passar por cima da definição dos requisitos de admissão e controle de vagas;
– garantir a entrada do aluno no curso e na universidade desejada no exterior.
Ensino x Mercado
Priscila Troitino, diretora executiva da Fundamenta RH, fala sobre os benefícios de um título universitário obtido fora do Brasil
– O ensino superior fora do Brasil é visto como um grande diferencial para o mercado?
É visto com bons olhos pelo mercado no que tange à adaptabilidade, conhecimentos gerais, qualidade do ensino e exposição a diferentes matérias não ensinadas no currículo brasileiro.
– Independente de títulos acadêmicos, a vivência no exterior já é valorizada?
Sim, a vivência no exterior diferencia o profissional dos demais candidatos e o permite desenvolver competências não aprendidas em situações normais do mercado de trabalho.
– De que forma a universidade no exterior ajuda no desenvolvimento profissional?
Além do aspecto técnico, a formação no exterior pode auxiliar o profissional na vivência e na experiência de lidar com diferentes culturas e ser exposto a diferentes temas – o que, em muitos casos, não faria parte da realidade da formação universitária no Brasil.
– Bacharelado, mestrado ou doutorado: em termos profissionais, há um título que, obtido no exterior, tem um valor maior no mercado de trabalho?
Depende do tipo de mercado e da profissão. Existem profissões no mercado corporativo formal que são valorizadas pela aquisição de títulos como o mestrado e o doutorado. Essa valorização é muito vista em profissões das áreas de saúde, engenharia e química.