De janeiro a setembro de 2022, mais de 300 mil estudantes realizaram intercâmbio, segundo pesquisa Selo Belta
93% das companhias, as habilidades sociais (soft skills) são tão importantes quanto a formação técnica (hard skills) (Imagem: Unsplash)
O mercado de trabalho mudou bastante nas últimas décadas. Antes, profissionais que tinham boas qualificações tinham a oportunidade de adentrar em empresas e crescerem profissionalmente até o momento de se aposentar. Hoje, além das habilidades técnicas, é necessário que o profissional disponha de competências interpessoais para conseguirem prosperar em momentos de adversidades.
A pesquisa “Perspectivas do mercado de trabalho para graduados”, realizada pela ZipRecruiter, empresa de recursos humanos americana, aponta que para 93% das companhias avaliadas, as habilidades sociais (soft skills) são tão importantes quanto a formação técnica (hard skills). As habilidades comportamentais são difíceis de serem mensuradas, pois não são baseadas em métricas, mas sim, em experiências de vida.
Ter experiências distintas permite que o jovem que está começando sua carreira tenha uma melhor compreensão de mundo e melhor atuação profissional. “Hoje em dia, o mundo empresarial é muito diverso, principalmente depois da pandemia e do advento do on-line. Somado a esses fatores, existe uma rede de pessoas que se ligam por uma cultura empresarial muito forte, podendo estar locados em qualquer local do mundo, e que a todo momento, estão trocando saberes” comenta Ivan Tagliaferro, Coordenador Regional de São Paulo da Associação Brasileira de Agências de Brasil (Belta).
Segundo o Google, no estado de São Paulo, a busca pelo termo “soft skill” cresceu 42% no último ano. Conforme o Ministério do Trabalho, a cidade de São Paulo possui a maior população do país, além de ter o maior PIB dentre as cidades brasileiras. Foram criadas 188 mil vagas na capital paulista em 2022 (o saldo ficou positivo em 131 mil vagas, considerando as demissões durante o período).
Entre as formas de desenvolver tais competências, Tagliaferro aborda que o intercâmbio permite ampliar nossos horizontes, ao ir muito além de aprender uma nova língua. É entender sobre comida, religião, gestos, danças, hábitos, roupas, entre outros.
Muitos jovens buscam tal oportunidade no intercâmbio. Segundo a pesquisa Selo Belta, de janeiro a setembro de 2022, 327.135 mil estudantes realizaram intercâmbio, contra 289.500 mil em 2019, representando um crescimento de 13% no setor. Nesse contexto, o Coordenador Regional de São Paulo da Belta listou 4 habilidades que o mercado exigi dos estudantes e que podem ser desenvolvidas durante o intercâmbio:
“O intercâmbio emerge o que nós temos de melhor, o qual é a possibilidade de amar a humanidade em toda a sua diversidade” finaliza Ivan Tagliaferro, Coordenador Regional de São Paulo da Belta.