O interesse pelo Canadá segue em alta, porém o total de agências que citaram o país como seu destino mais procurado caiu para 65%, em comparação com 82% da Pesquisa Selo Belta 2018. Mas segue acima do levantamento realizado dois anos atrás, quando 53% mencionaram o Canadá em primeiro lugar.
Se você pensa em estudar no país, leia a série que escrevi sobre intercâmbio no Canadá. Para entender por que o país faz tanto sucesso entre viajantes e estudantes, vale ler meu primeiro texto aqui, no qual expliquei por que resolvi fazer um blog com dicas do Canadá, e também o passeio que faço pelo país no texto sobre o aniversário do Canadá.
Toronto e Vancouver são as cidades canadenses mais procuradas por brasileiros para intercâmbio de inglês — veja uma série sobre o que fazer em Toronto e um guia de Vancouver grátis para planejar sua viagem. Montréal é o destino buscado para intercâmbio de francês no Canadá — tive a oportunidade de fazer um intercâmbio de duas semanas no Canadá, a convite da Experimento Intercâmbio Cultural, da Air Canada e da EC Montreal. Escrevi uma reportagem de capa para o Viagem Estadão sobre a experiência de aprender francês com gastronomia em Montréal.
Depois do Canadá, de acordo com a Pesquisa Selo Belta 2019, os destinos de intercâmbio mais procurados foram Estados Unidos e Reino Unido, repetindo a colocação do levantamento anterior. Nas posições seguintes, a Irlanda passou a Austrália e Malta tomou o sexto lugar da Nova Zelândia. “Pela primeira vez, Malta aparece entre os seis destinos mais procurados porque implantou a política do intercambista ter a possibilidade de estudar e trabalhar. É um ganho para a ilha, para nós e para todos do setor de viagem de estudos no exterior”, afirmou a presidente da Belta, Maura Leão.
A Pesquisa Selo Belta 2019 mostra também os programas de intercâmbio favoritos. No topo da lista, como ocorre há anos, estão os programas de línguas. Nos cursos de idioma, a posição das línguas preferidas segue a mesma há três anos: inglês, espanhol, francês, alemão, italiano, japonês e mandarim.
Confirmando a tendência que se vê desde o levantamento divulgado em 2017, intercâmbio com estudo e trabalho se mantém na segunda colocação, seguido por cursos de férias (verão/inverno) para adolescentes. A surpresa ficou por conta dos cursos de graduação, que passaram do sexto para o quarto lugar, tomando à frente de curso profissional e de high school no exterior.
“Um dos motivos de vermos essa ascensão dos cursos de graduação é a especialização maior das universidades do exterior em receber os brasileiros e também a possibilidade desse aluno ir como intercambista esportivo”, explicou Maura. “Tivemos um aumento de 20% no número de jovens indo nessa modalidade de intercâmbio. Em números absolutos, 3 mil indivíduos embarcaram para fazerem graduação com bolsa parcial ou total devido ao esporte.”
Qualidade de vida, localização do país e estilo de vida local foram as três razões mais citadas pelos 4.929 alunos ouvidos. No estudo com os 522 pontos de venda, câmbio favorável, qualidade de vida e país onde se fala inglês foram os aspectos que mais influenciaram na escolha do destino.
O total de alunos que as agências consultadas enviaram para estudar no exterior subiu 302 mil para 365 mil, um aumento equivalente a 17,26%. A duração da maior parte das viagens, no entanto, encolheu. No levantamento anterior, 80,9% fizeram intercâmbio entre 2 e 3 meses e 16,9% estudaram fora por até um mês. Os dados da Pesquisa Selo Belta 2019 mostram que 2 a 3 meses continua sendo o período escolhido pela maioria, mas em um total menor: 59% dos intercambistas. Já as viagens mais curtas, de até um mês, aumentaram para 32,3%.
O faturamento médio por agência caiu de US$ 3,75 milhões em 2017 para US$ 1,66 milhão em 2018. No levantamento mais recente, o gasto médio por cliente foi US$ 8.650. Entre as empresas ouvidas, 65% estão na Região Sudeste; 24%, no Sul; e 14%, no Nordeste. Dos 522 pontos de venda ouvidos, 470 são de agências associadas à Belta, associação com 27 anos de existência, que responde por 75% do mercado de educação internacional no Brasil.
Fonte: Estadão