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Inglês? No, thanks: a escolha de outro idioma para o intercâmbio

Motivos profissionais ou paixão? Saia do eixo dos países anglófonos para estudar

Por uma série de fatores que são explicados pela história, cultura e economia global, a língua inglesa é o principal idioma utilizado em ambientes internacionais. Não por acaso, oito dos dez principais destinos buscados para o intercâmbio, segundo aponta a Pesquisa de Mercado Selo Belta 2017, são países anglófonos – ou nações (como o Canadá, Malta e África do Sul) onde o inglês é uma das línguas oficiais.

Mas nem todo mundo opta por seguir o caminho padrão na hora de fazer um curso de idiomas fora do Brasil. Os motivos são diversos: em alguns casos, o estudante, já fluente no inglês, busca aprender um terceiro idioma para se destacar ainda mais no mercado; em outros, contudo, a paixão por uma determinada língua fala mais forte. “Sou descendente de italianos, e sempre tive vontade de aprender o idioma, que acho belíssimo!”, diz Maria Laura Doretto sobre o motivo que a levou a fazer um curso de um mês em Roma.

Quem deixou o Brasil por uma pequena temporada por razões similares foi Natália Moraes: “Desde criança, sempre tive vontade de aprender o alemão e conhecer os países de língua alemã”. A paixão pela língua a levou até Berlim, onde se dedicou a estudar o idioma de Goethe por um mês. “O benefício de estudar um idioma no país onde ele é a língua oficial é que, de certa forma, você precisa praticá-lo todos os dias, na escola, na rua para tirar dúvidas, nos restaurantes, lojas e em diversas outras situações”, ela pontua.

Com uma base prévia no italiano e conhecimentos avançados no inglês, Maria Laura teve apenas os problemas usuais de qualquer pessoa que chega a um ambiente desconhecido, “pois você ainda não sabe como tudo funciona e vai ter dificuldade de se comunicar”, ela afirma. Natália, por sua vez, acrescenta um outro percalço inicial: “na primeira semana foi um pouco complicado me adaptar a algumas coisas, principalmente com a cultura local – ao contrário de nós, os alemães são mais reservados e quietos do que nós aqui no Brasil”.

Ter o inglês na ponta da língua, claro, não é condição obrigatória para aprender um novo idioma. Contudo, “sempre quando uma pessoa já domina um segundo idioma, a aprendizagem de outras línguas fica mais simples”, aponta Allan Mitelmão, diretor da agência selo Belta Just Intercâmbios. A visão é compartilhada pelas estudantes que passaram uma temporada na Europa. “Entre os alunos, o conhecimento do inglês facilitava a comunicação, e depois aprendíamos como se dizia aquilo em italiano”, diz Maria Laura.

Seja qual for a razão que leve você para fora do Brasil e para fora do eixo dos países anglófonos, vale ficar ligado na dica do especialista: “Se olharmos pelo lado financeiro, estudar no exterior também pode ser muito vantajoso”, explica Allan. “Quando fazemos a conta do valor do curso e dividimos pelo número de horas/aula, existem opções cujos valores são bastante competitivos quando comparados aos cursos de qualidade oferecidos no Brasil”. Ou seja:  tirar o intercâmbio do papel é um projeto com muitas vantagens!

Negócio da China
Em um mundo cada vez mais globalizado, empresas de várias nacionalidades se estabelecem no Brasil com cada vez mais frequência. Apesar do inglês ser a língua dos negócios, aprender o idioma de origem de uma multinacional pode ser um enorme diferencial na hora de pleitear um cargo ou ganhar promoções para fora do país. Não é coincidência que a China, principal parceira comercial do Brasil no momento, tenha aparecido pela primeira vez na última Pesquisa de Mercado Selo Belta como destino de intercâmbio. O aprendizado do mandarim é uma tendência para acompanhar de perto!

 

 

 

 

 

 

 

 

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