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High School – Teenagers no Exterior

O ensino médio fora do Brasil é cheio de recompensas para os jovens desbravadores

Um intercâmbio não se resume apenas a cursos de idiomas e tampouco aos estudos universitários. Outra via, restrita aos adolescentes, é o high school, modalidade na qual os jovens deixam o Brasil para realizar (em parte ou no todo) o ensino médio no exterior.

“Decidi fazer intercâmbio, pois sempre tive vontade de morar em outro país e também de me aprofundar em uma cultura diferente”, conta Victor Trevisol Muller, que passou um semestre em Denver, Colorado. A ideia de viver nos Estados Unidos, contudo, extrapolava o universo da educação – como é o propósito de todo bom intercâmbio. “Queria aprender a lidar melhor sozinho com as situações, tornando-me mais independente”, ele diz.

O programa de ensino médio no exterior é apresentado por diferentes rótulos que variam de país para país e escola para escola. Não se assuste ao ouvir expressões como high school ou boarding school: na prática, todas dizem respeito ao mesmo período escolar. “Existem as day schools, nas quais o aluno é hospedado por famílias locais, e as boarding schools, nas quais o aluno reside nos dormitórios da própria escola”, explica Marion Gottschalk, gerente de relacionamento da agência selo Belta Intercultural.

Morar com uma família local tem os seus benefícios, como Victor faz questão de ressaltar sobre sua experiência nos Estados Unidos. A “família postiça” do jovem, hoje com 18 anos, era formada por um pai americano, uma mãe de origem panamenha e o filho deles. Desde viagens a idas a jogos de basquete e futebol, o grupo fazia as coisas como uma família de fato.  “Nossa relação é muito boa até hoje, todos eram muito atenciosos e éramos unidos, realmente parecíamos uma família de sangue”, lembra o brasileiro, que acrescenta: “Perguntavam na rua se o meu host brother era mesmo meu irmão!”.

Opções x diferenças

Claro, não há modelo ideal de curso e hospedagem para quem deseja fazer o ensino médio no exterior. Tudo depende da personalidade e das expectativas de cada jovem – e, às vezes, também do destino e escola desejados. “No Reino Unido, a maioria das escolas que aceita estudantes internacionais é do tipo privada, que funciona sob o modelo boarding school”, pontua Marion. “Já nos demais países, a maioria das escolas é pública, e a acomodação é em casa de família”. Por “demais países”, o leque de opções é extenso: se pensarmos apenas em nações anglófonas, EUA, Reino Unido, Canadá, Austrália e Nova Zelândia são algumas das opções de destino para você complementar ou concluir a formação escolar no exterior.

A vida no exterior pode ser bem diferente daquela no Brasil, principalmente dentro da escola. “Lá era muito diferente: eu começava a estudar às 8h30 e a aula ia até às 16h. Só que o dia passava rápido, pois tinham horários entre as aulas para fazer as tarefas, e o almoço também era no colégio. Depois das aulas, eu aproveitava pra ficar no próprio colégio para praticar atividades físicas, como futebol e basquete”, fala Victor sobre a rotina estudantil nos Estados Unidos, uma experiência que teve impacto direto na sua vida. “Estudar fora me ajudou muito na parte pessoal de perceber melhor o mundo ao meu redor.  No exterior, aprendi a me colocar mais no lugar do outro, o programa também me ajudou a conhecer eu mesmo, meus limites e o que eu sou capaz de fazer”.

Rapidinhas – High School

– Para quem é estudante ou está prestes a ingressar no Ensino Médio;

– Nível intermediário do idioma do país onde irá estudar;

– Duração média de um semestre a um ano (pode ser estendido em alguns países);

– Aluno não pode ter reprovado no Brasil e precisa de boas notas;

– Acomodação em casa de família ou residência estudantil (boarding school).

Pensando no futuro
Com a palavra, Gabriela Padovan, gerente de projetos da consultoria de RH Harpio

– “A geração Millennium tem sede por novos conhecimentos, denota um estilo bem menos conservador e desapegado. É praticamente natural que ter uma experiência no exterior seja cada vez mais comum na sociedade. Por isso, a tendência, sem dúvidas, será valorizar uma troca cultural constante e estar mais aberto a novos desafios”.

– “A vivência no exterior será um fator relevante para uma tomada de decisão, pois, sem dúvida, já ter vivenciado uma outra cultura reforça para empresa o skill de adaptação, o que trará maior segurança para pensar nos riscos da movimentação deste profissional para promoções profissionais fora do Brasil”.

– “O mercado brasileiro reage de maneira diferenciada aos jovens e às pessoas que possuem experiência no exterior. É um diferencial que agrega a experiência profissional, mas é importante somar a um conjunto de fatores, como a vida acadêmica, cursos técnicos, valores pessoais e aspectos comportamentais”.

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