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Aprender um novo idioma é o principal motivo que leva alguém a fazer um intercâmbio. Veja quem foi se aprofundar em uma das setes línguas mais populares entre os brasileiros* para saber como é a imersão total onde elas são faladas todos os dias!

InglêsUm mês em Londres, Inglaterra

Renata Barroso CavalcanteEstudante, 24 anos

“A ‘Terra da Rainha’ é um lugar clássico e sempre tive curiosidade de conhecer as famosas ruas britânicas, que são realmente magníficas. Quando cheguei lá tive bastante dificuldade, principalmente nos primeiros 3 dias. A gente fala em inglês, pensa em inglês e respira em inglês, além da mudança drástica de rotina. Aconselho que, caso tenha a oportunidade, fique em casa de família. A família vai te ajudar a ganhar a confiança porque você vai precisar se comunicar direto com eles em inglês. Os ingleses têm obsessão por chá, então qualquer lugar que ia me ofereciam a bebida, e eu escutava o “Would you like a cuppa tea?” – o ‘cuppa’ é a junção de ‘cup of’ na fala, e demorou para fazer sentido para mim!”.


FrancêsTrês meses em Montpellier, França

Dayanne GomesEstudante, 20 anos

“Quis ter uma experiência que pudesse me tirar da zona de conforto e me desafiar. A França, com cultura e idioma completamente novos, tinha tudo o que eu gostaria para isso – além das belas paisagens, claro. Por lá, ou você fala no idioma, ou fala no idioma. Não há a opção de usar o “como eu digo isso em francês?”. E isso é ótimo para exercitar a capacidade de se expressar na língua. Um dos meus maiores aprendizados foi com minha “famille d’accueil”. Vivi com uma senhora aposentada, e sempre conversávamos. De volta ao Brasil, às vezes uso a expressão “D’accord”. É como o nosso ‘ok’, e as pessoas falam o tempo todo. Em resumo, não há como saber como é a vida francesa sem experienciá-la na prática.


EspanholTrês semanas em Madri, Espanha

Carlos Eduardo Moura da SilvaAnalista de Mídias Sociais, 30 anos

“Fiz muitos anos de espanhol em escolas, então já ‘dominava’ a língua. No país nativo, além de haver uma grande diferença de pronúncia de algumas palavras e a forma de falar dos espanhóis –  que, diga-se de passagem, é muito rápida (risos) –  você termina aprendendo também a linguagem coloquial, do dia a dia. Converse sem medo de errar, e caso não saiba uma palavra em específico, as pessoas tentam ajudar. Os espanhóis são simpáticos, solícitos e educados. Já a Espanha é cheia de lugares para passeios diurnos e noturnos, com comida maravilhosa e uma arquitetura que mistura o clássico e o moderno. Depois que fui para lá, tem duas palavras que falo muito até hoje: uma é ‘Mira!’ e a outra é ‘Cabrón’”.


AlemãoUm ano em Berlim, Alemanha

Tomás UrsiGerente de Finanças, 26 anos

“A Alemanha sempre me fascinou pela cultura, pelo desenvolvimento econômico e social. Além disso, achava a língua curiosa e o desafio de aprendê-la me motivava. Estudei uns anos no Brasil, mas me dei conta que só aprenderia de fato morando lá. Quando desembarquei em Berlim, parecia que não era o mesmo idioma que havia estudado. Uma palavra que me marcou era ‘Fahrrad’ (bicicleta), pois usava muito para me locomover. A educação e o mercado de trabalho na Alemanha são incomparáveis dentro da Europa, oferecendo oportunidades no longo prazo – um intercâmbio na faculdade, por exemplo, que acabei fazendo com facilidade pelo fato de ter me tornado fluente em alemão”.


ItalianoUma semana, Roma

Edna RochaRepórter fotográfica, 44 anos

“Meu avô era italiano e sempre tive muito interesse na língua e na cultura do país. Já tinha estudado italiano, mas tinha interesse em viver a experiência no país, além de conhecer minhas origens. Viver com os nativos e compartilhar informações com eles é muito importante. Assistir à TV – principalmente o noticiário – e se relacionar com os nativos é muito importante. Antes de tudo, pense na língua. Nas aulas, eu sabia falar em italiano, mas as palavras saiam em espanhol. Era motivo para a turma inteira rir, e a professora pegar no meu pé. A Itália é um museu a céu aberto, e além de se deparar com monumentos em diversos lugares, você vai se encantar com a arte e com a gastronomia excepcional”.


JaponêsUm mês em Kobe, Japão

Renan Pires de AraújoProfessor, 28 anos

“Sempre gostei muito de tudo relacionado à cultura japonesa (estilo de vida, filosofia, tradições). Por isso, sempre tive vontade de saber falar ou pelo menos entender a língua japonesa. Por mais que você estude um idioma, é fundamental passar um tempo na região onde ele é nativo, pois só assim a experiência de aprendizagem se torna completa. Tente interagir, seja por gestos ou com palavras soltas, com as pessoas ao seu redor. As paisagens no Japão, principalmente na primavera, são belíssimas; a gastronomia vai muito além do peixe cru, com doces e bolos deliciosos. Templos, castelos e as viagens entre as montanhas completam o cenário perfeito para quem quer sair da rotina e conhecer o mundo”.


MandarimDuas semanas em Pequim, China

Rafael SensJornalista, 42 anos

“Em Barcelona, dividi um apartamento com dois chineses. Tivemos uma ótima convivência e comecei a me interessar pela cultura da China. Voltei ao Brasil e comecei a ter aulas particulares de mandarim, o que me fez querer ainda mais conhecer o país e aprender a língua in loco. As pessoas com profissões ligadas ao público falam um bom inglês, por isso não há grandes problemas de compreensão. Aplicativos de tradução também são bastantes populares. Por lá, usava bastante a palavra 对 (dui), que significa que concordamos com o interlocutor. Passar uma temporada na China é experimentar uma terra futurista aqui e agora. Apesar de preservarem uma cultura milenar, os chineses estão de olho no futuro”.

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