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Ensino Superior: as vantagens do diploma universitário no exterior

Um intercâmbio sempre é uma experiência enriquecedora, pessoal e profissionalmente falando. O mercado está de olho não apenas nos conhecimentos técnicos absorvidos no exterior, mas também na vivência diante de povos, culturas e desafios que muitas vezes não encontramos paralelos no Brasil. E um diploma de um curso superior realizado fora do país transmite todas essas qualidades, além de abrir várias portas.

Marina Aragon ainda não voltou para casa para saber o peso de seu diploma – ou melhor, de seus diplomas, no plural mesmo. A administradora de 29 anos deixou Salvador em 2016 e desde então ainda não saiu do estado da Califórnia, nos Estados Unidos. Isso porque, naquele ano, ela deu início a uma pós-graduação em Relações Internacionais com foco em Marketing na UCLA (Universidade of California Los Angeles) e, sem deixar os EUA, mudou-se para San Diego, onde atualmente vive, trabalha e faz um MBA com foco em Marketing.

“Sempre quis estudar fora, acho muito interessante aprender temas que conhecemos com uma perspectiva cultural diferente, ainda mais no mundo dos negócios, onde as questões culturais têm um impacto essencial”, diz Marina, que aplica parte do conhecimento adquirido em sala de aula no trabalho em uma startup do setor de tecnologia. Viver e estudar no exterior, para ela, faz com que a convivência com pessoas de diversas partes do mundo resulte em “uma nova perspectiva, visão dos negócios e possibilidades”.

Do bacharelado ao doutorado, um intercâmbio de ensino superior é cheio de trâmites e regrinhas. Muitas delas, inclusive, mudam de país para país e até mesmo de curso para curso – estudantes de mestrado, para ficar em um exemplo, seguem um regime de vistos diferente de alunos regulares de graduação. Por isso, consultar uma agência Selo Belta faz toda a diferença na hora de se organizar para viver essa experiência.

“O primeiro passo é conhecer o perfil do candidato e onde e qual o curso/área ele deseja estudar”, explica Flavio Crusoe, diretor da agência Selo Belta BEX, sobre o papel desempenhado pelos especialistas. “A partir daí, fazemos uma pesquisa entre as instituições parceiras no exterior e apresentamos algumas opções ao candidato. Após escolher a opção desejada, iniciamos o processo de aplicação para a instituição escolhida”.

Ser aceito ou não pela universidade, contudo, é mérito do aluno. O histórico escolar, o currículo e os requisitos mínimos em relação ao certificado de proficiência no idioma são apenas alguns dos fatores que cada curso leva em consideração na hora de selecionar aqueles que entrarão em suas fileiras. “A agência Selo Belta apenas orienta e ajuda o aluno a reunir os requisitos e aumentar as chances de ser aceito”, pontua Flavio.

Quem também se planejou para dar continuidade aos estudos no exterior foi Sérgio Luiz Moretti, que passa o ano de 2020 na Austrália. O contador foi aceito em um mestrado de contabilidade financeira na Victoria University e não pensou duas vezes na hora de mudar de país. “Cada centavo gasto é um conhecimento adquirido que valerá para a vida toda”, ele diz.

Os custos de realizar o ensino superior no exterior são um dos principais fatores para levar em conta na programação do intercâmbio. Moradia, alimentação e transporte somam-se ao valor do curso em si, cujas formas de pagamento são diferentes daquelas de universidades brasileiras. “A grande maioria das universidades solicita que o primeiro ano seja pago de forma integral”, aponta Juliana Brum, gerente de produto da agência Selo Belta World Study. Alguns países, como Austrália e Canadá, diz a especialista, possibilitam que o pagamento seja feito de forma semestral ou, em alguns casos, trimestral. Porém, vale ressaltar, o conceito de mensalidade não é aplicado nos centros de estudos do exterior.

Sem ainda ter o diploma em mãos, Sergio mantém as expectativas altas em relação aos frutos que serão colhidos assim que finalizar o mestrado na Austrália. O documento, em suas palavras, irá qualificá-lo para solicitar a inscrição no órgão regulador de contadores, o que dá direito a exercer a profissão tanto no país onde estuda quanto na Nova Zelândia. “É comum que empresas utilizem essa minha experiência aplicada nas relações de trabalho com outros países para difundir informações e até para estar à frente de negociações”, diz.

Marina, por sua vez, já tem planos quando voltar para a casa: abrir a própria empresa na área de marketing e tecnologia no Brasil. “Acredito que hoje estou ainda mais preparada para os desafios profissionais”, ela pontua sobre os estudos fora do país. “A experiência de fazer um intercâmbio é muito intensa – criar novos ciclos, os momentos difíceis por estar longe, a troca cultural… isso nos faz expandir nossas percepções diante do mundo”.

 

O que dizem os estudantes

 Marina Aragon, aluna de MBA da SDUIS – San Diego

“Acredito que o ensino aqui nas universidades, principalmente em se tratando de cursos de pós-graduação, é muito focado em experiências, estudos de caso, com a aplicação da teoria em casos práticos e networking. Os professores têm currículos incríveis, e durante a aula não dava nem vontade de piscar. Em termos de estrutura, não consigo comparar: a UCLA tem um campus impecável, tudo muito organizado. Os estudantes vivem no local e nos arredores, e vale a pena conhecer a universidade e o campus até para fazer turismo”.

Sergio Luiz Moretti, aluno de mestrado da Victoria University – Austrália

“As normas básicas de citação e a metodologia de pesquisa são diferentes, e sempre previnem quanto ao plágio – se a ideia não é sua, informe o autor da ideia. As atividades giram em torno de ler muitos artigos científicos e discutir sobre as ideias presentes, debatendo a teoria com praticidade. As aulas são realizadas em dois ou três dias seguidos ou alternados, o que dificulta um pouco achar um trabalho full time”.

 

O que dizem os especialistas

Juliana Brum (World Study)

“Ter uma formação internacional permite que o aluno conheça novas culturas e desenvolva habilidades de adaptação e flexibilidade. Além disso, muitos países oferecem a possibilidade de o aluno trabalhar por um período de tempo por lá para que ele desenvolva habilidades aprendidas durante o curso. Isso gera uma enorme vantagem competitiva ao retornar para o Brasil, aumentando as chances de conseguir um bom emprego”.

Flavio Crusoe (BEX)

“Ter um diploma emitido no exterior enriquece muito o currículo e a carreira do aluno. Não só pelo conteúdo técnico do curso em si, mas pela experiência de ter morado fora, onde você desenvolve habilidades, como adaptabilidade, flexibilidade, resolução de conflitos e conhecimento de outras culturas, todas muito importantes no mundo globalizado de hoje”.

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