Tem gente que passa a vida inteira sonhando com um intercâmbio. Já a Michelle Alves foi por outro caminho: ela transformou o intercâmbio em uma peça central da sua vida. Nascida na capital paulista mas criada a vida toda em Blumenau (SC), a publicitária de formação teve sua primeira experiência com uma viagem para o exterior para estudar quando tinha 20 anos.
Hoje, com 27, produz conteúdo sobre o tema para cerca de meio milhão de seguidores nas redes sociais. De lá para cá, acumula sete destinos de intercâmbio no passaporte, milhares de posts e vídeos na Internet e muitas, muitas experiências dentro e fora de salas de aula em dois continentes. Não por acaso, Mi Alves, como é conhecida no mundo digital, tornou-se Embaixadora da Belta para propagar nossos ideais!
A gente foi bater um papo com a Michelle para entender como nasceu essa paixão de morar e estudar fora do Brasil, além de desvendar o passo a passo da carreira dela como criadora de conteúdo.
Leia, descubra e inspire-se em quem entende de intercâmbio na prática.
Como começou essa história de intercâmbio para você?
Fiz o meu primeiro intercâmbio quando tinha 20 anos. Morei em Denver, capital do Colorado, nos Estados Unidos, por 18 meses, como Au Pair – um ano como Au Pair e depois mais seis meses estudando. Não fiquei mais tempo porque precisava voltar pro Brasil para terminar a faculdade, que pausei para fazer o intercâmbio. Cursando publicidade e propaganda, me vi em uma rotina que me levava para um lugar que eu não estava gostando. Eu já trabalhava na área e tinha muitas responsabilidades para lidar. Pensei: ‘será que já quero engatar em uma carreira tão sólida agora?’.
Eu sempre via um intercâmbio como algo muito distante da minha realidade, então eu imaginava que não era pra mim. Mas vi no programa de Au Pair uma oportunidade para passar um tempo no exterior e pra realmente ver como era. Quando eu fui e vi que o mundo é muito maior do que a gente pensa, do que a nossa bolha, a nossa família, nossa cidade… foi muito transformador.
E de lá para cá, o que mais aconteceu?
Depois do primeiro intercâmbio, estudei Business English em Nova York, mas estudei também em Toronto, no Canadá, em Oxford e Liverpool, na Inglaterra. E na Escócia estudei em Edimburgo. Já fiz uma viagem cultural bem legal pra Itália, estudei um mês em Dublin…
Quais deles foi o favorito?
Olha, é difícil escolher a que eu mais gosto. Todos foram muito especiais. Eu sempre falo que o intercâmbio é uma experiência muito única. Mesmo que eu volte para o mesmo lugar, para a mesma cidade, mesma época do ano… não vai ser uma experiência igual àquela que eu já vivi.
Então, eu acho que todos são bem memoráveis, carrego todos com muito carinho.
Quais foram os objetivos com os intercâmbios? Estudar o idioma, outros cursos?
Tirando a primeira viagem, todos os outros foram um pouco mais curtos, de três a quatro semanas, sempre com o viés de estudar o inglês, de preparar para um teste de proficiência como o IELTS, fazer business english… Tenho a ideia de nos próximos anos aprender outros idiomas como francês e espanhol. Mas a primeira vez foi como uma experiência pessoal.
Cada vez mais eu fui viajando e foi se tornando o meu trabalho. Continuo falando de intercâmbio e as pessoas gostam de assistir para saber se elas gostariam de estar lá, pra ver se você valida aquilo. Os últimos intercâmbios foram mais com esse viés de trabalho, focando em mostrar como é estudar o inglês em diferentes lugares pelo mundo.
A gente sabe que o intercâmbio não é só o estudo em si, então eu mostro muito da rotina do intercambista, da minha alimentação vegana dependendo do lugar que eu vou, da cultura em si, das atrações, tudo que envolve uma experiência como o intercâmbio.
Quando você resolveu produzir conteúdo em cima do tema intercâmbio?
Durante a experiência como Au Pair, comecei a criar conteúdo e a fazer os vídeos pro meu canal de YouTube, que é meu carro-chefe e me traz mais retorno. A ideia foi de documentar a experiência que eu estava tendo. Quando eu comecei a ver que poderia colher os frutos e transformar isso no meu trabalho, tudo só melhorou. Consegui juntar paixões de viajar, de estudar e de trabalhar com aquilo que gosto.
A partir do momento que você começa a viajar, você quer fazer isso o máximo de vezes possível. Minha mãe conta que, quando eu era pequena, eu tinha uma caixinha de sapatos que colei com várias paisagens de recortes de revista e que funcionava como um cofrinho. Toda visita que chegava em casa eu levava aquela caixa e pedia pra pessoa deixar algum dinheiro porque era a caixa que ia me levar pra conhecer o mundo.
Desde pequena eu tinha essa ideia de ‘preciso viajar, mas o que eu faço da minha vida, como ganho dinheiro?’ e pedia pras pessoas, mesmo (risos). Desde sempre eu sonhava em conhecer lugares, e quando a gente começa a realizar esses sonhos, a gente percebe, principalmente sendo mulher, que é possível, que a gente consegue.
São seis anos de criação de conteúdo, tentando viajar para trazer uma nova experiência pra quem acompanha e ajudar a galera a identificar o melhor destino, tipo de intercâmbio e etc.
Qual sua dica de ouro para quem está pensando em fazer o primeiro intercâmbio?
A base do intercâmbio é o planejamento. ‘Quero fazer um intercâmbio’. Beleza, vamos lá pesquisar quais são os tipos de intercâmbio disponíveis, qual o destino que gostaria de ir, tentar entender o quanto esse sonho de estudar no exterior custa, quanto tempo você vai demorar pra levantar esse dinheiro.. tudo na nossa vida tem a ver com planejamento. Sem planejamento, a gente não consegue alcançar nossos objetivos.
Então é priorizar realmente esse projeto de intercâmbio porque não é algo barato, não é um investimento baixo, então precisa de planejamento para dar tudo certo e você se sentir mais confiante e tranquilo.
5 Apps que você deve ter no smartphone durante um intercâmbio
“Mesmo planejando tudo, sempre acontece um perrengue ou outro”, conta Michelle sobre causos inesperados durante seus intercâmbios. “No começo, principalmente no meu primeiro intercâmbio, quando eu não sabia me comunicar muito bem, usava o tradutor do google e mímica para me fazer entender”. Estar em um país onde o português não é a língua comum sempre rende um perrengue ou outro – “o que é super normal, e é até bom que essas coisas aconteçam para ter boas histórias para contar”, diz a influencer, que emenda com um bom causo: “Uma vez, a pessoa me perguntou alguma coisa, eu respondi ‘yes’ e ela ficou com uma cara de ‘hm… sério?’. É uma pergunta que eu não sei qual foi até hoje, mas provavelmente eu deveria ter respondido não ou qualquer outra coisa”.
Trata-se de um programa de intercâmbio geralmente feito por mulheres. Paralelo aos estudos, a interessada, que precisa ter entre 18 e 26 anos, vive com uma host family e é responsável por cuidar das crianças da casa – um meio termo entre ser uma irmã mais velha e uma babá, já que o trabalho é remunerado.
Quer saber mais? Entre em contato com uma das várias agências selo Belta que oferecem o programa!