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Como conseguir visto de trabalho para estes cinco países de língua inglesa

Canadá, Austrália, Estados Unidos, Nova Zelândia e Irlanda são populares entre brasileiros que querem sair do país

Sair do Brasil, temporária ou permanentemente, é o sonho de muita gente. A popularidade da língua inglesa faz com que países onde este idioma é falado estejam entre os mais procurados por intercambistas brasileiros em 2016, segundo informações da Associação das Agências de Intercâmbio (Belta). Queridinho há mais de uma década, de acordo com os levantamentos da associação, o Canadá é o destino mais popular, seguido de Estados Unidos, Austrália e Irlanda. A Nova Zelândia também está entre os mais comuns, ocupando o sexto lugar.

Quem quer ir além do intercâmbio ou turismo, porém, pode encontrar dificuldade na hora de lidar com as opções de visto de trabalho para estes países. Ao longo das últimas semanas, a Gazeta do Povo entrou em contato com agências de viagem e brasileiros que encontraram um lar longe da terra natal para detalhar o processo de obtenção de vistos de trabalho para estes países.

Abaixo, listamos como conseguir os tipos mais populares de visto de trabalho entre brasileiros em cinco países que falam inglês:

Canadá

Destino popular para aqueles que querem aliar estudo e trabalho, o Canadá é rigoroso na concessão de visto de trabalho para brasileiros. A opção mais procurada, segundo a consultoria de vistos Immi Canada, é aquela vinculada a uma oferta de trabalho de uma companhia canadense. Em um procedimento que se repete em diversos lugares do mundo, o primeiro passo é a empresa provar que nenhum cidadão local consegue ocupar aquele posto de trabalho adequadamente e que não tem problemas judiciais.

Só depois disso o contratado pode dar entrada no processo de visto junto ao consulado. Nesse momento, o candidato vai precisar apresentar informações sobre o histórico profissional e acadêmico, cartas de recomendação e documentos diversos. O processo pode levar de duas a 16 semanas e, de acordo com a Immi, a maior procura é por profissionais de TI.

Outras informações podem ser encontradas na sessão de imigração no site do governo canadense: www.cic.gc.ca

Estados Unidos

Além do visto tipo J, que permite trabalho temporário, mas é destinado a intercambistas e estagiários, brasileiros normalmente optam entre três opções de visto de trabalho nos Estados Unidos: de transferência de executivos ou gerentes entre empresas do mesmo grupo econômico (L-1); para profissionais com conhecimentos técnicos diferenciados (H-1B); e para profissionais com habilidade extraordinária (O-1).

O L-1 normalmente é usado por gerentes ou executivos de multinacionais que são transferidos para outra sede da mesma empresa, que inicia o processo e patrocina o visto, e a permissão de residência é vinculada ao emprego.

A categoria H-1B é exclusiva para pessoas que tenham, no mínimo, graduação universitária em um programa de quatro anos ou alguma certificação profissional com habilidades diferenciadas e normalmente é escolhido por quem que está fazendo pós-graduação nos EUA e conseguem um emprego por lá.

Já o visto O-1 é voltado para pessoas com habilidades extraordinárias nas áreas de ciências, artes, educação, negócios e atletismo ou feitos extraordinários em produção de televisão e filmes. Deve-se comprovar os feitos únicos do profissional por meio, por exemplo, de prêmios, publicações na imprensa tradicional ou em periódicos científicos.

Mais detalhes sobre tipos de visto podem ser encontrados no site da embaixada dos Estados Unidos: br.usembassy.gov.

Austrália

O visto de estudo com permissão de trabalho é o mais procurado por brasileiros que buscam oportunidades na Austrália. Essa opção dá ao imigrante a opção de trabalhar em regime de meio período enquanto faz um curso de inglês ou algum outro tipo de formação e pode incluir filhos e cônjuge, que também recebe a permissão de trabalho e estudo.

Outro visto popular entre brasileiros é o visto de trabalho temporário qualificado 457, que será abolido em março de 2018 e substituído pelo visto de escassez temporária de habilidades (Temporary Skill Shortage). O novo visto será mais restritivo e faz parte de um movimento de reforma do sistema de vistos que está sendo promovido pelo Ministério de Imigração e Proteção de Fronteiras australiano.

Outras informações sobre as mudanças e diferentes opções de visto estão disponíveis no site da embaixada da Austrália no Brasil: brazil.embassy.gov.au.

Irlanda

No último ano, a permissão de trabalho vinculado a estudo do inglês na Irlanda – a mais popular – foi modificada. Desde janeiro de 2016, portadores do visto têm direito a seis meses de aulas, que podem ser aliadas com 20 horas semanais de trabalho, além de mais dois meses livres em que o intercambista pode trabalhar em período integral. Antes disso, a autorização era de 12 meses.

A permissão de trabalho só é concedida a quem se matricular em um curso com pelo menos 25 semanas de duração e tiver pelo menos 3 mil euros em uma conta corrente, explica o coordenador da Belta no Paraná e Santa Catarina, Alexandre Argenta. Para que o estudante possa trabalhar em tempo integral durante as férias, elas devem acontecer em um período específico: no verão europeu ou de 15 de dezembro a 15 de janeiro – época de alta temporada para o turismo e férias das universidades e escolas.

Além do visto de estudo combinado com a permissão de trabalho, a única possibilidade de trabalhar legalmente na Irlanda sem ter cidadania europeia é sendo contratado por uma empresa irlandesa. Nesse caso, o processo é o mesmo dos outros países citados: a empresa precisa comprovar que anunciou a vaga e nenhum cidadão irlandês cumpriu com o requisitos desejados.

Mais informações podem ser encontradas no site da embaixada da Irlanda no Brasil: www.dfa.ie

Nova Zelândia

Assim como a vizinha Austrália, os vistos de estudo com permissão de trabalho são populares entre os imigrantes que decidem começar uma nova vida na Nova Zelândia. Outra porta de entrada, porém, é o Working Holiday Visa, que não exige um vínculo educacional. Com um limite de 300 vagas anuais, essa opção dá permissão de trabalho e residência por até um ano, com possibilidade de fazer treinamentos ou estudar por até seis meses, ao todo. No entanto, há algumas restrições: não é possível aceitar legalmente um trabalho permanente, trabalhar para o mesmo empregador por mais de três meses ou levar filhos ou parceiros com vistos subordinados.

O processo de candidatura para este visto abrirá no próximo dia 22, às 10h do fuso horário NZST – ou seja, segunda-feira, dia 21, às 19h no horário de Brasília. O conselho do franqueado da assessoria Globalvisa no Rio de Janeiro, Márcio Azevedo, é correr assim que o sistema abrir e já ter todos os dados previamente compilados, já que as vagas acabam rapidamente.

O site do departamento de imigração neozelandês tem mais informações sobre esse e outros tipos de visto: www.immigration.govt.nz

 

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