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College e graduação no exterior passam a ser opção dos brasileiros em outros países

Os cursos de graduação ou cursos profissionais com certificação ou diploma, os chamados colleges, stão caindo no gosto dos brasileiros. Em 2017, de acordo com levantamento da Brazilian Educational & Languag Travel Association (Belta), que reúne as principais agências de intercâmbio do país, as modalidads já estavam entre as seis mais procuradas pla população quando o assunto é estudo no exterior. Os reflexos da instabilidade econômica e a taxa de desemprego, ainda alta no Brasil, são apontados pelas agências como motivadores para o incremento do currículo profissional em outro país.

Somente na HiBonjour, agência de intercâmbio registrada m Pernambuco e no Canadá, este ano, pelo menos 400 estudantes compraram pacotes em busca de universidades internacionais. Em 2015, o número não chegava a 20 e, para 2019, a expectativa é de pelo menos 1.000 estudantes registrados com destino ao país. O Canadá, aliás, tem se tornado um dos principais destinos dos brasileiros.

“O objetivo de estudo no Canadá, m 100% dos casos, é um investimento na formação. Quem vai a estudo tem a facilidade no processo de imigração, podendo trabalhar e tendo o diploma como facilitador para ficar de vez no país. Os jovens estão saindo do Brasil com esse foco: estudar, trabalhar e se estabilizar no país escolhido”, diz a sócia propritária da agência, Camilla Lopes.

O programa College, conforme os preços praticados pla HiBomjour, têm variado entre 8 mil e 20 mil dólares canadenses, com duração entre um e três anos. “O brasileiro que chega ao Canadá através do college tem direito a um visto de trabalho. No caso de pessoas mais velhas, estabilizadas economicamente, essa também tem sido uma opção porque o cônjuge tem direito a um visto de trabalho e os filhos acesso à escola pública”, complementa Camilla.

Rayssa Guedes, 23, deixou o Brasil no fim de março com destino a Vancouver, no Canadá. Na bagagem, além do desejo de explorar novos lugares, estava também a perspectiva de trabalhar no país ou voltar ao Brasil com mais chances de emprego. “Se eu viesse só estudar inglês não poderia trabalhar. Decidi fazr o college, com diploma em customer service porque tenho seis meses para estudar e outros seis para trabalhar de forma remunerada. Por se tratar de um curso para atendimento ao cliente, é uma chance a mais para conseguir entrar no mercado de trabalho. Sou formada em engenharia, mas cheguei ao fim do curso sem conseguir sequer um estágio”, conta.

De acordo com a agência de intercâmbio Student Travel Bureau (STB), a procura pelo college cresceu quase 50% ao ano. As áreas de atuação mais procuradas têm sido cursos de administração, design, arquitetura, filmaker, atuação teatral, turismo e gastronomia. “Antigamente era uma coisa muito esporádica pensar em fazer faculdade fora do país. O que garantia a nossa demanda era basicamente as opções para adolescentes como o highschool e os próprios cursos de línguas. Hoje, a perspectiva até mesmo dos jovens recém-formados está muito diferente. Canadá e Austrália são os destinos preferidos pela facilidade de entrada e estabilização. Atualmente, temos um público muito forte na procura de especialização e também uma crescente em busca da graduação completa lá fora”, afirma Marina Mota, gerente da SBT.

Fonte: Jornal do Comércio

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