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Intercâmbio: estuda uma língua direto na fonte

Ao longo das páginas da Revista ei! Educação Internacional, você vai ler uma série de matérias sobre várias maneiras de dar início ou continuidade aos seus estudos no exterior. Mas admita: quando você escuta a expressão “intercâmbio”, a relação é quase automática: trata-se da experiência de sair do Brasil para estudar uma língua direto na fonte, certo?

Não exatamente. Afinal, realizar o high school ou a universidade fora do país também são modalidades de intercâmbio. Mas a associação de viagens de estudos ao aprendizado de um novo idioma é inevitável. Não é por acaso que este tipo de programa lidera há anos como o produto mais vendido pelas agências de intercâmbio do Brasil, de acordo com os números da Pesquisa de Mercado Selo Belta 2018, a mais abrangente do segmento do país.

Até viajar para a Austrália em 2017, Henrique Mota nunca havia estudado nenhum idioma além das aulas da escola. Ele até chegou a fazer aulas particulares de inglês por 2 meses antes de embarcar, mas não foram o suficiente para impulsionar os conhecimentos na língua. “O intercâmbio foi fundamental para eu ter uma experiência imersiva na língua”, ele diz sobre o período de estudos. “As classes, a gramática e o inglês do dia a dia me fizeram ter um crescimento imenso no aprendizado da língua, o que me permitiu estudar outros assuntos mais técnicos e específicos para minha formação acadêmica em Publicidade”.

Danilo Lopes, diretor geral da agência Selo Belta West 1, aponta a imersão como um dos principais benefícios de aprender um idioma no local onde ele é falado no cotidiano. “Placas, rádios, canais de televisão, mercado, transporte… esses são alguns dos meios aos quais você estará exposto à língua”, ele analisa. “Ou seja, além de estudar o idioma por muitas horas semanais, existem ainda as ‘aulas fora da escola’, no dia a dia”.

“O intercâmbio ensina o novo idioma muito mais do que as notas e avaliações demonstram”, complementa Henrique sobre a experiência – e benefícios – de estudar o idioma direto na fonte. “Gírias, figuras de linguagem, ditados populares e outras coisas que só a vida no país te ensina são o que fazem a sua fluência na língua alcançar cada vez mais o nível de um nativo. Você passa a entender a lógica da língua e para de decorar regras”.

Novas línguas, novas histórias

Em vias gerais, países abertos a estudantes estrangeiros para o ensino de idiomas promovem, através de escolas específicas ou até mesmo de universidades, cursos intensivos, com pelo menos 20 horas semanais, oferecidos ao longo de todo o ano.

Há programas para todos os níveis – do básico mais elementar até o avançado com especialização em determinadas áreas de atuação, como Direito, Medicina, entre outros – e para todas as idades, embora cada centro de ensino determine uma idade mínima para a inscrição nas aulas. A duração dos cursos varia de acordo com a necessidade e recursos de cada um. Falta de tempo? Sem desculpas: há escolas que oferecem programas de uma semana! Por outro lado, a permanência máxima do aluno no curso – e no país – depende de questões da legislação local, relacionadas a vistos específicos e outros pontos.

O inglês é o idioma que mais atrai brasileiros com o objetivo de fazer um intercâmbio. Dos 10 destinos mais procurados, os 8 primeiros têm a língua como a predominante do país. “O inglês ainda é considerado a língua universal, e isso também se aplica no turismo”, reflete Danilo sobre ter a língua de Shakespeare na ponta da língua. O especialista, contudo, faz uma ressalva: o intercâmbio vai muito, muito além de aprender um novo idioma. “A bagagem de aprendizado de vida, de conhecer novas culturas, lugares, fazer amigos de diversas partes do mundo… tudo isso faz parte do pacote. Seja qual for o objetivo do intercambista, certamente existirá o antes e o depois do intercâmbio”, ele diz.

Por experiência própria, Henrique assina embaixo da análise e dá o recado: “Fazer intercâmbio é um investimento muito alto para sonhar pequeno. Tenha certeza de que você pode e vai aprender muito mais que só um idioma, então, prepare-se para isso!”.

O mundo do intercâmbio
Conheça os 10 destinos mais populares entre os brasileiros para viagens de estudos, de acordo com a Pesquisa de Mercado Selo Belta 2018:

1º Canadá

2º Estados Unidos

3º Reino Unido

4º Austrália

5º Irlanda

6º Nova Zelândia

7º Malta

8º África do Sul

9º Espanha

10º França

Para além do inglês

Nem todo mundo vai para fora do Brasil se dedicar ao estudo da língua de Shakespeare. A jornalista Juliana Américo embarcou para uma temporada de um mês na França, para uma imersão no idioma local. As aulas e o fato de viver com uma família francesa ajudaram bastante para que fosse alcançada a proficiência na língua. “Eu fui para Nice, uma cidade litorânea, bem no meio do verão, então tinham várias atividades para fazer na cidades e em outros lugares próximos”, ela conta sobre a experiência. “Além disso, eu conheci várias cidadezinhas em torno de Nice e passei uns dias em Paris. A família que me hospedou era super gentil, a casa ficava perto do centro histórico e a escola era muito boa”.

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