Estudo revela que os estudantes demonstram um grande interesse em investir em uma formação e carreira internacional, bem como em aprofundar seus conhecimentos em idiomas.
São Paulo, 22 de maio de 2023 — O mercado brasileiro de educação internacional registrou um crescimento sobre o “envio de estudantes para o exterior” de 18% em 2022 em comparação com o ano pré-pandemia de 2019, consolidando em 455.480 estudantes. Esses números foram revelados pela Pesquisa Selo Belta 2023, divulgada pela Associação Brasileira de Agências de Intercâmbio (Belta), em São Paulo, que teve a participação de profissionais renomados na área de intercâmbio e educação.
O investimento necessário para um curso no exterior também aumentou, chegando a uma média de 8.307 dólares em comparação com 5.928 dólares em 2019. No total, o mercado movimentou cerca de 3,7 bilhões de reais em programas educacionais. “O mercado de intercâmbio se estabilizou após o controle da COVID-19, o que foi um dos principais fatores para o crescimento. Os estudantes estão em busca de novas oportunidades e observam no intercâmbio a possibilidade de combinar crescimento profissional, educação de qualidade e novas experiências”, explica Alexandre Argenta, presidente da Belta.
Um ponto importante também abordado é que o público feminino continua a predominar a participação em intercâmbios. Em um contexto geral, a faixa etária de 25 a 29 anos agora ocupa a primeira posição, ultrapassando os jovens de 18 a 24 anos, corroborando com o crescimento da procura por programas de ensino superior (higher education), que engloba cursos profissionalizantes, graduações e pós-graduações (MBA, Especialização, Mestrado ou Doutorado).
Outros programas de intercâmbios mantiveram suas posições, como os cursos de idiomas, continuando no 1º lugar. Os estudantes que optaram por essa modalidade tem por objetivo aprofundar seus conhecimentos em inglês, seguido do espanhol e francês. O alemão, italiano e japonês foram idiomas que apareceram como interesse de estudo.
O principal objetivo para a realização dessa experiência é a oportunidade de conhecer países e culturas diferentes, representando 45% das motivações. Em seguida, há o interesse em investir em idiomas (29,2%) e vivenciar uma experiência internacional que combina estudo, trabalho e turismo (10,6%). As maiores influências para essa decisão são as redes sociais, amigos que já fizeram intercâmbio e os pais.
“Motivados principalmente pelo distanciamento social, os intercambistas anseiam por experiências únicas e unir isso ao aperfeiçoamento de um idioma ou áreas de atuação é um grande diferencial. Estamos diante de uma nova perspectiva no mercado educacional”, exprime o presidente da Belta.
Entre os destinos mais procurados, o Canadá ficou na 1ª posição do ranking, posição que lidera há 22 anos, seguido pelos Estados Unidos (2ª colocação), Reino Unido (3ª colocação), Irlanda (4ª colocação) e Austrália (5ª colocação). No total, 26 destinos aparecem como opções dos brasileiros.
A qualidade de vida do país continua sendo o principal motivo para a escolha do destino. Para as posições seguintes observa-se uma inversão no segundo e terceiro colocado comparado a 2019, no qual a qualidade do ensino se torna mais relevante do que a localização do país. Entretanto, questões como a desvalorização do Real frente a outras moedas e a redução do poder aquisitivo interferem na realização do intercâmbio.
A Pesquisa Selo Belta 2023 cobre todo o território nacional. Conta com o patrocínio da Education New Zealand, principal agência da Nova Zelândia de educação; Pearson Brasil, empresa líder mundial em aprendizagem; Air Canada, maior companhia aérea do Canadá; BS2 GO!, primeira instituição financeira que oferece conta digital internacional para pessoas física e empresas no Brasil; e UCW (University Canada West), universidade localizada em Vancouver/Canadá. E o apoio da British Council, organização internacional do Reino Unido para relações culturais e oportunidades educacionais, ST Network e a FPP.