Em 2022, o Japão ocupava a 12º posição e a Coreia do Sul, a 19° entre os países mais buscados pelos estudantes, segundo pesquisa Selo Belta
3º local onde mais cresceu a audiência pelos doramas (termo usado para séries asiáticos) (Imagem: Unsplash)
O Brasil é formado por um misto de etnias e costumes, resultado das constantes ondas migratórias, mais acentuadas no século passado. O brasileiro, por seu caráter empático, abraça, acolhe e ressignifica os aspectos culturais dos imigrantes, como a adaptação da culinária, música e, mais recentemente, da produção de audiovisual. A imigração asiática não ficou de fora dessa tendência.
Os povos de origem asiática já possuem certa expressão no contingente populacional brasileiro. Segundo a Embaixada do Japão no Brasil, a maior população de origem japonesa fora do país vive no Brasil. Em 2022, estimava-se que aproximadamente 2 milhões de japoneses e nikkeis (descendentes de japoneses não nascidos no Japão) vivem predominantemente em terras paulistanas.
A cidade de São Paulo/SP é a que mais acolhe a comunidade japonesa. Ao visitar o bairro da Liberdade, sentimos mesmo como se transportados para outra realidade, devido à encantadora atmosfera japonesa impressa no local, com fachadas escritas em ideogramas e a arquitetura tradicional nipônica. Outro bairro que se destaca pela forte presença da população asiática é o Bom Retiro, no centro da capital paulista, que concentra uma grande parcela de imigrantes coreanos e seus descendentes. Segundo a Embaixada da Coreia do Sul, aproximadamente 50 mil coreanos frequentam o bairro, seja para moradia ou trabalho.
A forte presença asiática se faz presente também no mundo do entretenimento. Uma pesquisa do Ministério da Cultura, Esportes e Turismo realizada em 18 países pela Fundação Coreana em 2020, mostrou o Brasil como o 3º local onde mais cresceu a audiência pelos doramas (termo usado para séries asiáticos) coreanos, em comparação com o período anterior à pandemia. Em primeiro lugar ficou a Malásia e, em segundo, a Tailândia.
“Houve um grande investimento dos governos asiáticos, principalmente da Coreia do Sul, para disseminar a sua cultura no ocidente, o que fez com que os jovens voltassem sua atenção para essas nações. Essa aproximação cultural influencia na escolha de um novo idioma, seja por motivos profissionais ou pessoais. A pessoa procura por escolas de idiomas, online ou presenciais, na expectativa de conseguir uma maior imersão nos aspectos culturais e compreender melhor o que consome – seja comida, seja uma série televisiva. Em alguns casos, quando há a expectativa por uma imersão mais profunda, opta-se pelo intercâmbio” aborda Alexandre Argenta, presidente da Belta – Associação das Agências Brasileiras de Intercâmbio.
E a expectativa é tamanha que a procura por intercâmbios para os países asiáticos cresceram nos últimos anos. Conforme a pesquisa Selo Belta, em 2019 (ano pré-pandêmico), nenhum país asiático aparecia no ranking entre os mais procurados pelos estudantes e o idioma japonês era o 6º mais buscado em cursos de idiomas. Já em 2022, o Japão ocupava a 12º posição e a Coreia do Sul, 19°.
Para exemplificar a relevância oriental no cenário cultural brasileiro, a Belta separou alguns exemplos:
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