Para manter a taxa de 100% de alfabetizados, a Finlândia investe 6,1% do PIB anual no sistema educacional e na formação de professores. 0,5% a mais que o Brasil e 0,8% mais que os EUA. Os salários iniciais desses profissionais variam entre R$ 5,5 mil e R$ 8,8 mil por mês, sendo dos mais altos do país. Para se ter uma melhor ideia, no Brasil o salário médio de um professor público do ensino básico vai de R$ 1.567 a R$ 4.200 por mês. Já nas escolas públicas americanas o salário mensal dos professores pode variar de US$ 2.800 a US$ 6.000.

E embora alto para padrões mundiais, se comparado aos países vizinhos, e segundo relatório da OECD (sigla em inglês para Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o salário mensal do professor finlandês é padrão para os nórdicos (Noruega, Suécia, Finlândia, Dinamarca e Islândia), uma parte do mundo que aprendeu a dar valor à educação. Tanto valor que, a partir do pré-primário, só podem dar aulas professores que tenham um diploma de mestrado.

Já para ensino médio é necessário ter formação de estudos pedagógicos; e para o ensino universitário exige-se pós-graduação e doutorado. O governo municipal também incentiva a formação contínua através de treinamentos anuais e todos os coordenadores de instituições podem solicitar financiamento para melhorar a competência profissional da equipe docente.

Ou seja, estamos falando de um paraíso acadêmico. Para estudantes internacionais que não dominam nenhum dos dois idiomas oficiais do país, o finlandês e o sueco, são oferecidos cursos em inglês, como os de Direto, Tecnologia da Informação e especialização nas áreas de educação e medicina. No país, ao todo, existem mais de 400 programas licenciados e oferecidos na língua inglesa.

Os 5,4 milhões de finlandeses e os estudantes internacionais ainda têm à disposição 936 bibliotecas públicas e 200 bibliotecas moveis que estão espalhadas pelos 430 municípios. Essas bibliotecas recebem aproximadamente 64 milhões de visitas por ano, aproximadamente 12 visitas por habitante. Enquanto isso, no Brasil existem 2,67 bibliotecas ativas para cada 100 mil habitantes, e 75% dos 201 milhões de brasileiros nunca entraram em uma.

Um dos moradores fictícios mais célebres da Finlândia é o Papai Noel: diz a lenda que o bom velhinho construiu sua colônia de férias na colina de Korvatuntuti, perto da fronteira norte com a Rússia, e que todos os dias se desloca até a oficina de brinquedos, em Rovaniemi, na região da Lapônia.

O lugar também é conhecido mundialmente pelas suas belezas naturais como as florestas que ocupam 69% da área total do país que é morada de ursos, lobos, alces, veados, linces, esquilos vermelhos e aves diversas. Ao norte, na região Lapônia, estão mais concentradas as renas. Na cidade de Kemi, no início de cada inverno é construído o Snow Castle, um castelo feito totalmente de gelo. Já a capital Helsinque reúne em seu centro urbano muitos pontos turísticos. Um deles é a igreja Temppeliaukio, feita totalmente em rocha sólida de granito, o que passa a impressão de se estar dentro de uma cratera.

Das artes apreciadas pelos finlandeses a música é das mais populares. O estilo musical que mais tem destaque no país é o rock, tanto que a Finlândia é considerada o país com o maior número de bandas de heavy metal do mundo (uma para cada 100 mil habitantes) e muitas mundialmente conhecidas: Stratovarius, Apocalyptica, Sonata Arctica, The 69 Eyes e Nightwish.

Um dos hábitos dos finlandeses é usar sauna para relaxar e purificar o corpo e o espírito: são mais de dois milhões de saunas para 5,4 milhões de habitantes. A popularidade das saunas se explica pelas baixas temperaturas: o inverno é intenso, dura de dezembro a março e pode chegar a 40 graus negativos. Já no verão as temperaturas podem atingir 30°C e a luz do dia chega a prevalecer por 19h.

É durante o verão, na parte norte do país, que acontece o fenômeno chamado “Sol de Meia Noite”, período de 30 dias sem noite e época em que os equipamentos e roupas de patinação e hóquei no gelo, atividades esportivas mais realizadas no país, são guardados para dar lugar às roupas leves que são ideais para os passeios pelas cidades, pelas ilhas Aland, arquipélago localizado ao sudoeste do país, e para prática de esportes como o pesäpallo, o beisebol finlandês.