365 mil brasileiros embarcaram em 2018 para fazerem intercâmbio contra 302 mil em 2017, um aumento de mais de 20%, segundo dados da Belta (Única associação das agências de intercâmbio no Brasil). A projeção para 2019 é desse número de embarques saltar para 415 mil. Um aumento de 13% na procura por intercâmbio. A pesquisa Selo Belta faz esse levantamento anualmente e separa os dados extraídos em dois grupos: agências e estudantes. É mensurado o comportamento dos intercambistas, preferência de destinos, faixa etárias e traz até recortes por região.
“Com a proximidade das festas de fim de ano muitos brasileiros incluem na sua lista trocar de emprego, aprender um novo idioma e viajar. Por isso, o intercâmbio, mesmo com a alta do dólar turismo, tende a crescer. Isso é algo que as agências Selo Belta vem nos reportando ao longo desse ano. A procura por cursos de idiomas com duração de um mês foi uma das mais relevantes”, explica Maura Leão, presidente da Belta.
Para auxiliar você a tirar do papel o sonho do intercâmbio em 2020: veja as 5 dicas da Maura Leão, especialista em intercâmbio e presidente da Belta
1) Estabeleça os seus objetivos com o intercâmbio
Essa dica parece meio óbvia, porém há diversos tipos de intercâmbio e períodos de duração. Curso de idioma, graduação no exterior, curso de idioma combinado com trabalho temporário, High School, Curso profissional, entre outros. Ou seja, ter as metas traçadas com o que se pretende “colher” com o intercâmbio é bem relevante. Escreva os seus objetivos, pode ser: crescer na própria empresa e /ou trocar de emprego, aprender um idioma diferente do inglês, ter contato com outras culturas e etc. Segundo a pesquisa da Belta, 84,7% dos intercambistas tiveram como resultado do programa o aperfeiçoamento nos idiomas, seguido de conviver com outra cultura, e ter se conhecido melhor. Ter as suas metas transparentes facilitará na escolha do melhor programa de intercâmbio.
2) Se planeje financeiramente
Estabeleça um período para juntar o aporte necessário para a realização do intercâmbio. Lembre-se de colocar 10% a mais do gastos planejados para imprevistos que podem ocorrer durante o trajeto. Segundo a pesquisa da Belta, 28% dos estudantes embarcaram com uma quantia entre 5 e 10 mil reais e 57,4% tem como potencial fonte financiadora a poupança própria. Logo, vale pesquisar o custo de vida do destino e mais do que isso checar o período que o “seu bolso”consegue fazer o intercâmbio.
3) Pesquisar é a chave do sucesso
Segundo a pesquisa da Belta, 34,9% dos intercambistas viajaram para locais que os amigos já foram. Além da opinião de colegas e familiares busque informações extras sobre o país, moeda, costumes, e etc. Vale os portais e impressos crédulos (cuidado com as fake news), as feiras de intercâmbio que acontecem durante todo o ano em vários estados brasileiros, entre outros.
4) Escolha uma agência segura
Quantas vezes ligamos o noticiário e nos deparamos com histórias de pessoas que foram lesadas e não embarcaram para fazerem o intercâmbio já pago. Escolher a agência certa pode ser um desafio e para facilitar aos estudantes, a Belta só certifica com o seu selo agência confiáveis em termos financeiros e éticas. Há 27 anos, a associação disponibiliza no seu site a lista das agências que tem agentes de atendimento Belta , treinados e com vivência no exterior. Acesse:https://www.belta.org.br
5) Atenção ao seguro saúde
Imagine você arcando com a viagem dos seus sonhos e acaba torcendo o tornozelo ao chegar no país escolhido, ou mesmo quebrar um braço no avião e etc. Imprevistos acontecem e por isso contratar um seguro saúde é essencial. Inclusive há países que não permitem a entrada de estudantes sem o seguro saúde. O serviço mais vendido pelas agências de intercâmbio foi o seguro saúde em 2018. Esse quesito responde por 6.715 pontos, segundo a pesquisa da Belta, seguido por assessoria de vistos e emissão de passagens aéreas.