Estudo mostra aumento da demanda por outras línguas e por cursos de desenvolvimento profissional
São Paulo, 04 de abril, de 2018 – O mercado brasileiro de educação estrangeira cresceu 23%, em 2017, e alcançou a marca inédita de 302 mil estudantes. Os números são da Pesquisa Selo Belta, divulgada hoje pela Associação Brasileira de Agências de Intercâmbio (Belta).
O investimento para um curso no exterior também aumentou 12%, atingindo a média de USD 9.989. No total, o brasileiro movimentou entre entre 2,7 e 3 bilhões de dólares em programas educacionais, no ano passado. “O mercado de intercâmbio cresceu tanto em volume como em receita porque o brasileiro começou a considerar opções mais diversificadas e apostou em se especializar profissionalmente”, explica Maura Leão, presidente da Belta.
A análise reflete alguns números da pesquisa. Pela primeira vez, os programas de mestrado e doutorado apareceram entre os 10 mais procurados, mesmo com a queda do investimento público em bolsas de estudo. A demanda por cursos de graduação e certificados profissionais também aumentou, ao mesmo tempo que programas de ensino médio perderam força.
Outras opções tradicionais mantiveram o fôlego: cursos de idiomas continuam sendo o programa mais realizado por brasileiros, seguidos por ensino com trabalho temporário e pacotes de férias para adolescentes, respectivamente.
Embora o inglês e o espanhol apareçam como as línguas mais procuradas, a pesquisa revelou uma maior desconcentração de mercado. Idiomas como alemão, francês, italiano e, até mesmo japonês e mandarim ganharam participação. “A pulverização do ano passado demonstra o novo padrão de consumo educacional. O brasileiro não se contenta apenas com uma segunda língua. O objetivo é se diferenciar, no mercado trabalho”, salienta a presidente da associação.
Entre os destinos mais procurados, praticamente um a cada quatro estudantes viajaram para o Canadá (23%). O país é acompanhado pelos Estados Unidos (21,6%), Reino Unido (10,2%), Nova Zelândia (6,9%) e Irlanda (6,5%). No total, 39 destinos apareceram como opções dos brasileiros.
A qualidade de vida do país é o principal motivo apontado pelos 6.151 estudantes que também responderam a pesquisa, em todo o país, mas questões de segurança, cotação da moeda e cultura local interferem na escolha. O estudo está na terceira edição e é realizado pelo grupo Mobilidade Urbana. Ele cobre 80% do mercado brasileiro e é realizado em todas as regiões do país.
A Pesquisa Selo Belta 2018 conta com o patrocínio da Extenda – Agência Comercial da Província de Andaluzia/Espanha e da Education New Zealand. Já o evento do lançamento da Pesquisa Selo Belta 2018 tem o patrocínio do Banco Nacional do Canadá, Shorelight Education, EC – English Centres e o ICEF – Connect Recruit Grow, além do apoio do Consulado Geral do Canadá e da CCBC – Câmara do Comércio Brasil-Canadá.
Sobre a Belta
Criada há 25 anos, a Belta – Associação das Agências Brasileiras de Intercâmbio – tem como objetivo ampliar o mercado de educação internacional no país. A Belta investiu na promoção do segmento e na qualidade e confiabilidade dos programas internacionais oferecidos por suas associadas. Atualmente, as agências especializadas Selo Belta representam 75% do mercado de educação internacional, e a Belta reúne 17 associadas internacionais, que são universidades, instituições de ensino médio, redes de escolas internacionais e prestadores de serviços afins ao segmento. A qualidade dessas empresas é atestada pelo Selo Belta, oferecendo credibilidade no Brasil e no Exterior.